Feeds:
Posts
Comentários

Archive for janeiro \05\-03:00 2011

Hoje terminei o Livro “Adeus China – O último bailarino de Mao”

É a história de Li Cunxin simplesmente M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.A, rico em detalhes, confesso que me emocionei por vários momentos. A força, a luta diária, a determinção de Li Cunxin é simplesmente fascinate. O amor, o carinho, o respeito familiar é outro detalhe que me fez apaixonar pela história. Recomendo mesmo.         

” Em um vilarejo extremamente pobre do nordeste da China, um jovem camponês está sentado em sua velha e frágil carteira escolar, mais interessado nos pássaros lá fora do que no Livro Vermelho de Mao e nas pobres palavras nele contidas. Naquele dia, porém, homens estranhos chegam à escola – os delegados culturais de madame Mao. Estão à procura de jovens camponeses que, depois de receberem a formação necessária, possam tornar-se os fiéis guardiões da grande visão de Mao para china.

          O garoto observa um dos colegas ser escolhido e levado para fora da sala. A professora hesita. Deve ou não deve? Quase desiste. Mas, afinal, no último momento, toca no ombro do oficial e aponta o garoto miúdo. “Que tal aquele?”‘, ela pergunta.

         Em um único momento, a possibilidade mais remota mudou de modo indescritível o curso da vida de um garoto. Ele faria parte de algumas das maiores companhias de balé do mundo. Um dia seria amigo do presidente e da primeira-dama, de astros do cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos. Seria uma estrela: o último bailarino de Mao, o queridinho do Ocidente. ”

“Esta é a história de Li Cunxin – uma narrativa que poderia ter desaparecido, como as vidas de outros milhões de camponeses, em meio à revolução e ao caos. É uma história de coragem, de amor de mãe e do anseio por liberdade de um jovem. O relato breve e precioso de uma vida inspiradora contada com honestidade.”
 

Vou colocar aqui uma parte do livro em que Li Cunxin pede ao pai que lhe conte mais uma vez a história O Sapo no Poço.

Era uma vez um sapo que vivia em um poço pequeno, mas muito fundo. Ele não sabia nada do mundo.
O poço e o pedaço de céu que conseguia ver eram seu universo.
Um dia ele encontrou outro sapo, que vivia do lado de fora.
– Por que não desce e vem brincar aqui comigo? É divertido aqui – convidou.
– O que tem aí embaixo? – perguntou o outro.
– Tudo: água, correntes subterrâneas, estrelas, às vezes a lua e até
 objetos voadores que vêm do céu – respondeu o sapo do poço.
O sapo da terra suspirou.
– Meu amigo você vive confinado. Não sabe o que tem no mundo.
O sapo do poço não gostou de ouvir aquilo.
– Não me diga que existe um mundo maior do que o meu!
Meu mundo é grande. Aqui vemos e sentimos tudo que o mundo tem a oferecer.
– Não, amigo. Você só consegue ver o mundo pela abertura do poço.
O mundo aqui fora é enorme. Gostaria de lhe mostrar o quanto é grande – rebateu o sapo da terra.
Agora sim o sapo do poço estava zangado.
– Não acredito! Você está mentindo! Vou perguntar ao meu pai – e contou ao pai a conversa que tivera com o sapo da terra.
– Filho o seu amigo está certo. Ouvi dizer que existe um mundo muito maior lá em cima, com muito
 mais estrelas do que podemos ver daqui – o pai respondeu com tristeza na voz.
– Por que nunca me disse isso? – o sapinho perguntou.
– Para quê?  O seu destino é aqui embaixo nesse poço. Não há como sair daqui.
– Eu posso! Eu consigo sair! Vou lhe mostrar – argumentou o sapinho.

Ele pulou e saltou, mas o poço era muito fundo, e a terra estava longe demais.
– Não adianta, filho. Eu tentei a vida toda. Seus avós fizeram o mesmo.

Esqueça o mundo lá em cima. Contente-se com o que tem ou vai viver infeliz.
– Quero sair, quero ver o mundo grande lá fora! – o sapinho chorava decidido.
– Não, filho. Aceite o destino. Aprenda a viver com o que lhe foi dado – continuou o pai.

Assim, o pobre sapinho passou o resto da vida tentando escapar do poço escuro e frio.

Mas não conseguiu. O grande mundo lá em cima continuou sendo apenas um sonho.

-Pai, estamos em um poço? – Perguntei.

Depende do ponto de vista. Se você olhar este lugar de cima pra baixo…então, estamos, sim, em um poço. Mas se olhar de baixo pra cima, não.

Fonte: Editora Fundamento 

Read Full Post »

Que Deus abençoe a cada um de vocês com muita SAÚDE...Saúde física, Saúde emocional, Saúde espiritual, Saúde mental, Saúde no bolso, Saúde familiar, Saúde no amor... UM 2011 COM MUITA SAÚDE ... Com carinho Lílian Salomão

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
 
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
 
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Foto retirada da internet

Read Full Post »