Hoje terminei o Livro “Adeus China – O último bailarino de Mao”
É a história de Li Cunxin simplesmente M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.A, rico em detalhes, confesso que me emocionei por vários momentos. A força, a luta diária, a determinção de Li Cunxin é simplesmente fascinate. O amor, o carinho, o respeito familiar é outro detalhe que me fez apaixonar pela história. Recomendo mesmo.
” Em um vilarejo extremamente pobre do nordeste da China, um jovem camponês está sentado em sua velha e frágil carteira escolar, mais interessado nos pássaros lá fora do que no Livro Vermelho de Mao e nas pobres palavras nele contidas. Naquele dia, porém, homens estranhos chegam à escola – os delegados culturais de madame Mao. Estão à procura de jovens camponeses que, depois de receberem a formação necessária, possam tornar-se os fiéis guardiões da grande visão de Mao para china.
O garoto observa um dos colegas ser escolhido e levado para fora da sala. A professora hesita. Deve ou não deve? Quase desiste. Mas, afinal, no último momento, toca no ombro do oficial e aponta o garoto miúdo. “Que tal aquele?”‘, ela pergunta.
Em um único momento, a possibilidade mais remota mudou de modo indescritível o curso da vida de um garoto. Ele faria parte de algumas das maiores companhias de balé do mundo. Um dia seria amigo do presidente e da primeira-dama, de astros do cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos. Seria uma estrela: o último bailarino de Mao, o queridinho do Ocidente. ”
“Esta é a história de Li Cunxin – uma narrativa que poderia ter desaparecido, como as vidas de outros milhões de camponeses, em meio à revolução e ao caos. É uma história de coragem, de amor de mãe e do anseio por liberdade de um jovem. O relato breve e precioso de uma vida inspiradora contada com honestidade.”
Vou colocar aqui uma parte do livro em que Li Cunxin pede ao pai que lhe conte mais uma vez a história O Sapo no Poço.
Um dia ele encontrou outro sapo, que vivia do lado de fora.
– Por que não desce e vem brincar aqui comigo? É divertido aqui – convidou.
– O que tem aí embaixo? – perguntou o outro.
– Tudo: água, correntes subterrâneas, estrelas, às vezes a lua e até
O sapo da terra suspirou.
– Meu amigo você vive confinado. Não sabe o que tem no mundo.
O sapo do poço não gostou de ouvir aquilo.
– Não me diga que existe um mundo maior do que o meu!
– Não, amigo. Você só consegue ver o mundo pela abertura do poço.
Agora sim o sapo do poço estava zangado.
– Não acredito! Você está mentindo! Vou perguntar ao meu pai – e contou ao pai a conversa que tivera com o sapo da terra.
– Filho o seu amigo está certo. Ouvi dizer que existe um mundo muito maior lá em cima, com muito
– Por que nunca me disse isso? – o sapinho perguntou.
– Para quê? O seu destino é aqui embaixo nesse poço. Não há como sair daqui.
– Eu posso! Eu consigo sair! Vou lhe mostrar – argumentou o sapinho.
Ele pulou e saltou, mas o poço era muito fundo, e a terra estava longe demais.
– Não adianta, filho. Eu tentei a vida toda. Seus avós fizeram o mesmo.
– Quero sair, quero ver o mundo grande lá fora! – o sapinho chorava decidido.
– Não, filho. Aceite o destino. Aprenda a viver com o que lhe foi dado – continuou o pai.
Assim, o pobre sapinho passou o resto da vida tentando escapar do poço escuro e frio.
-Pai, estamos em um poço? – Perguntei.
Depende do ponto de vista. Se você olhar este lugar de cima pra baixo…então, estamos, sim, em um poço. Mas se olhar de baixo pra cima, não.
Fonte: Editora Fundamento